quinta-feira, 5 de novembro de 2015

5 Minutos de um Mundo Bom - 05/11

Bebê prematuro sai do hospital em Porto Alegre

Ontem, ao assistir TV, nem acreditei! Foram dois milagres do céu! O primeiro, a notícia dessa bebê que nasceu muito prematura e sobreviveu, mas o melhor foi ver uma boa notícia no Jornal Nacional - há quanto tempo isso não acontecia!!! Existe coisa boa acontecendo por ai, o que me enche de perseverança!

Esse momento de um mundo bom está relacionado a algumas coisas: criança, vida e sonho. Três coisas deliciosas que são constantemente interrompidas e muitas vezes, antes da hora, ainda no nascimento com um parto prematuro.

O Brasil está entre os 10 países com maior quantidade de parto prematuro, quase 10% dos bebês nascem antes de completar 37 semanas de gestação (uma gestação completa se dá com 40 semanas, mas, a partir da 37° semana, o bebê já é considerado 'a termo').

Mesmo com o avançado da medicina, os índices de prematuridade não tem diminuído, entretanto a chance de sobrevivência dos bebês tem aumentado consideravelmente, principalmente em decorrência de novos artifícios e procedimentos para melhorar a respiração, uma vez que o pulmão ainda não está completamente desenvolvido.

Segundo o Hospital Albert Einstein, "bebês prematuros são classificados de acordo com seu tempo de gestação. A partir da 23ª semana de gestação, o feto pode apresentar alguma chance de sobreviver. Até a 28ª-30ª semana, são considerados extremos ou muito prematuros; até a 34ª semana, moderadamente prematuros, e, entre 34 e 36/37 semanas, prematuros tardios. Na gestação de múltiplos (dois ou mais bebês), é mais frequente que o nascimento ocorra antecipadamente. A média de duração em casos de gêmeos é de 36-37 semanas, e de trigemelares, ao redor de 32-34 semanas".


Sem cuidados especializados, bebês nascidos prematuramente correm mais riscos de complicações capazes de gerar sequelas futuras. As principais e mais comuns são:

# De 23 a 24 semanas: taxa de sobrevivência entre 15% e 40%. Com 25 semanas, de 55% a 70%.
Prognóstico: cerca de 20% a 35% poderão ter sequelas graves (paralisia cerebral, deficiência intelectual grave, cegueira, surdez ou uma combinação desses problemas). De 25% a 40% poderão ter deficiências leves a moderadas (formas sutis de deficiência visual, paralisia cerebral leve afetando controle motor, asma crônica, dificuldades de aprendizagem e problemas de comportamento, como transtorno do déficit de atenção).

# De 26 a 28 semanas: taxa de sobrevivência entre 75% a 85%.
Prognóstico: cerca de 10% a 25% têm risco de deficiências graves (citadas acima) e, entre 50% a 60%, de deficiências leves (citadas acima).

# De 29 a 32 semanas: taxa de sobrevivência entre 90% e 95%.
Prognóstico: cerca de 10% a 15% têm risco de deficiências graves (citadas acima) e, entre 15% a 20%, de deficiências leves (citadas acima).

# De 33 a 36 semanas: taxa de sobrevivência superior a 95%.
Prognóstico: o risco para deficiências graves é praticamente o mesmo das crianças nascidas a termo. No entanto, esses bebês têm maior risco de paralisia cerebral leve, atraso no desenvolvimento e problemas relacionados ao aprendizado escolar.

Fonte:http://www.einstein.br/einstein-saude/em-dia-com-a-saude/Paginas/os-riscos-da-prematuridade.aspx

A Vitória, bebê da reportagem, nasceu no limite com apenas 24 semanas do tamanho de uma laranja grande e cabia na palma da mão. Tinha mais chance de não sobreviver do que de sair do hospital, mas coisas boas acontecem - ainda bem!

Para ver a reportagem na íntegra, clique aqui

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